Em um esforço contínuo para a conservação da biodiversidade em Alagoas, o Instituto do Patrimônio e Meio Ambiente de Alagoas (IPMA) recebeu nesta segunda-feira, 22 de abril de 2024, sete papagaios-chauá resgatados do tráfico de animais. Este evento marca mais um passo importante no Plano de Ação Estadual para a Conservação do Chauá, coordenado pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL), com a participação crucial do IPMA.

Os papagaios, que foram cuidados anteriormente pela Fundação Lymington em São Paulo durante um ano e meio, agora passarão por um período essencial de quarentena nas instalações do IPMA. Durante esta fase, os especialistas do IPMA monitorarão a saúde e o comportamento dos pássaros para garantir que estejam prontos para o próximo estágio de sua reintrodução na natureza.

O promotor de Justiça Alberto Fonseca destacou a importância do procedimento adotado: “Essas aves não serão soltas na natureza imediatamente. Inicialmente, ficarão em um viveiro controlado no IPMA até que adquiram as condições necessárias para a transição para um viveiro de reintrodução, e, posteriormente, poderão viver em seu habitat natural”.

O presidente do IPMA, Fernando Pinto, recebendo os papagaios-chauá

Equipe de promotores do MPE recebendo o Chauá

Papagaio Chauá no espaço de quarentena do IPMA

O papagaio-chauá, uma espécie exclusivamente brasileira e classificada como vulnerável pela Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas, enfrenta um elevado risco de extinção se não forem melhoradas as circunstâncias que ameaçam sua sobrevivência e reprodução. A perda de habitat, principalmente em áreas costeiras que vão de Alagoas ao Rio de Janeiro — regiões de intensa ocupação humana — é um dos principais fatores que contribuem para sua vulnerabilidade. Além disso, essa espécie é frequentemente visada pelo tráfico de animais silvestres.

A reintrodução dos papagaios é apenas uma parte de um amplo conjunto de esforços de conservação em que o IPMA desempenha um papel vital. Junto com outras entidades como o BPA, IMA, MPF, SEMARH, ICMBio, UFAL, IFAL, e diversos parceiros do setor privado como as Usinas Coruripe, Sumaúma e Utinga, além de projetos como Arca e os grupos Carlos Lyra e Luis Jatobá, o IPMA está na vanguarda dos esforços para preservar a rica biodiversidade de Alagoas.

Este trabalho multidisciplinar e colaborativo é fundamental para garantir que futuras gerações possam também desfrutar e se beneficiar da extraordinária fauna de nossa região. No IPMA, continuamos comprometidos com a proteção e recuperação de espécies ameaçadas, assegurando que o natural patrimônio de Alagoas seja preservado.